O Superior Tribunal Militar (STM) decidiu, por unanimidade, retirar o posto e a patente do major Leonardo Machado de Azevedo, condenado a 10 anos e 6 meses de prisão por participação em um esquema de desvio e comercialização ilegal de armas e munições do Exército Brasileiro.
Segundo o processo, o oficial inseriu dados falsos no Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (Sigma), registrando cinco armas como “sem origem”. Entre os armamentos desviados estavam pistolas Glock (.40, 9 mm e .45), pistola IMI 9 mm e uma carabina/fuzil Imbel calibre 7,62 x 51 mm.
📍 Como funcionava o esquema
Os crimes ocorreram em 2016, quando Azevedo atuava como adjunto do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados da 11ª Região Militar, em Brasília.
Ele utilizava o Sigma para “esquentar” armas ilícitas, criando registros falsos e dando aparência de legalidade ao material.
O major também foi condenado por peculato-desvio, ao vender por R$ 1 mil um revólver Taurus calibre .38, que deveria ser doado à Academia Militar das Agulhas Negras (Aman).
Durante buscas em sua residência, foram apreendidas centenas de munições compatíveis com os armamentos desviados.
📌 Consequências da decisão
O STM considerou que Azevedo violou gravemente os princípios de ética, disciplina e hierarquia militar, determinando:
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Perda definitiva do posto e da patente;
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Expulsão das Forças Armadas;
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Manutenção da condenação criminal e da pena de prisão.
Com a decisão, o major está proibido de retornar ao Exército, encerrando sua carreira militar de forma definitiva.