O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) defendeu a criação de uma agência nacional anti-máfia para coordenar o combate ao crime organizado no Brasil. A proposta, apresentada nesta sexta-feira (24), em São Paulo, busca integrar ações das polícias, da Receita Federal e do Coaf no enfrentamento às facções criminosas.
⚖️ Infiltração e expansão do PCC
Segundo o promotor Lincoln Gakiya, o Primeiro Comando da Capital (PCC) já atua como a “primeira máfia brasileira”, com tentativas de infiltração em esferas políticas, empresas legais e no sistema financeiro. O procurador-geral de Justiça do estado, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, classificou a situação como “um patamar insustentável” e defendeu medidas urgentes.
🛡️ Endurecimento da lei e proteção de autoridades
As autoridades também pediram o endurecimento da legislação, apoio à proposta do Ministério da Justiça que acelera a expropriação de bens de criminosos, e o reforço na proteção de promotores, policiais e testemunhas.
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“O caminho é mostrar que podemos ser mais organizados que o crime”, afirmou o procurador-geral.
🚨 Ameaças e Operação Recon
A proposta foi apresentada após a Operação Recon, que desarticulou um plano do PCC para atacar o promotor Lincoln Gakiya e o coordenador de presídios Roberto Medina. O grupo monitorava as rotinas das autoridades com drones e informantes.
A célula criminosa integrava a chamada “sintonia restrita”, elite do PCC responsável por atentados e resgates. Durante a ação, dois suspeitos foram presos em flagrante em Presidente Prudente, com 4,3 kg de drogas, quatro veículos, munições e R$ 7,6 mil em dinheiro.
A proposta da agência anti-máfia deve agora ser debatida em nível nacional, podendo representar um novo marco na coordenação do combate às facções criminosas no país.