20 de fevereiro de 2025
O grupo Hamas entregou nesta quarta-feira (20) os corpos de quatro reféns israelenses, incluindo os irmãos Kfir Bibas, de 9 meses, e Ariel Bibas, de 4 anos. Os restos mortais das crianças, junto aos de sua mãe, Shiri Bibas, e de Oded Lifschitz, de 84 anos, foram repassados às autoridades israelenses na Faixa de Gaza. A entrega ocorreu em meio a negociações para um cessar-fogo e troca de prisioneiros entre Israel e o grupo militante.
Exibição dos corpos gera repúdio
A devolução dos corpos foi acompanhada de uma apresentação considerada polêmica, com os caixões sendo exibidos de maneira ostensiva e mensagens direcionadas ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e aos Estados Unidos. O ato gerou forte condenação internacional, incluindo um pronunciamento do chefe de direitos humanos da ONU, Volker Turk, que classificou a situação como "desumana e contrária às normas internacionais".
Histórico da captura e impacto emocional
A família Bibas foi sequestrada no dia 7 de outubro de 2023, quando militantes do Hamas invadiram o kibutz Nir Oz, no sul de Israel. Desde então, os parentes das vítimas passaram meses angustiantes sem informações concretas sobre seu paradeiro. A confirmação das mortes trouxe comoção em Israel, com manifestações de luto e declarações de líderes do país. O presidente Isaac Herzog lamentou a tragédia e pediu "perdão por não conseguir garantir a segurança de seus cidadãos".
Negociações em andamento
O caso reacendeu a pressão por um acordo para a libertação de outros reféns que ainda estão sob custódia do Hamas. Fontes diplomáticas indicam que as conversas continuam, envolvendo mediadores internacionais para tentar garantir um cessar-fogo e a troca de prisioneiros. Enquanto isso, a situação humanitária na Faixa de Gaza permanece crítica, com confrontos persistindo em diversas regiões.
O governo israelense reforçou seu compromisso com a recuperação dos reféns ainda vivos e declarou que continuará suas operações militares até garantir a segurança do país. O desfecho do caso ainda pode influenciar os rumos do conflito e as relações diplomáticas na região.